A escultura representa um pequeno ídolo. Sua constituição ereta, rígida e inorgânica contrasta com seu interior visceral e a tosca abertura longitudinal (no sentido do eixo principal da peça) revela suas entranhas, essa fenda concebe um grito. Associadas à peça rudimentar de madeira encontram-se placas de metal e dois solenóides, elementos fundamentais à constituição da obra, pois estas curvas geram seu campo enérgico, suscitando a energia que por sua vez gera a vitalidade do objeto. É a vida passando a existir num ser até então inanimado. Essa energia e sua ação vital são representadas através da Computação Gráfica na imagem (render de modelagem digital) que acompanha a escultura. A utilização deste recurso gráfico transcende e ao mesmo tempo complementa a obra, porém, tanto a peça quanto a imagem digital sustentam-se e se justificam por si só.
Os contrastes entre o primitivo e tecnológico, o orgânico e inorgânico, a madeira e o metal, a escultura talhada e a modelagem digital, o inanimado e o vital estão presentes nestas imagens que representam um ídolo. Entretanto, a qual local ele pertencera, a qual divindade está associado e quem deveria venerá-lo? O artista será o deus que cria ou a tecnologia será a divindade que como ferramenta permite o artista criar? Talvez seja o próprio espectador que deva reverenciar a peça, fruindo dela para encontrar suas próprias respostas através de seus vários questionamentos diante da obra.
Os contrastes entre o primitivo e tecnológico, o orgânico e inorgânico, a madeira e o metal, a escultura talhada e a modelagem digital, o inanimado e o vital estão presentes nestas imagens que representam um ídolo. Entretanto, a qual local ele pertencera, a qual divindade está associado e quem deveria venerá-lo? O artista será o deus que cria ou a tecnologia será a divindade que como ferramenta permite o artista criar? Talvez seja o próprio espectador que deva reverenciar a peça, fruindo dela para encontrar suas próprias respostas através de seus vários questionamentos diante da obra.